quarta-feira, agosto 02, 2006

De janela fechada!


No início tínhamos 3 portas.
Achámos que era demais… ainda nos desencontrávamos!
Assim, transformámos a porta principal, a mais graciosa, em passagem secreta, mas não quisemos saber o código. Um dia havemos de o descobrir…
Outra, mandámos emparedar, era por ela que entrava uma bruxa azul mal intencionada e muito desonesta, que nos puxava o cabelo e nos arrancava dos maxilares palavras não ditas, enquanto estávamos a dormir.
Antes de se fechar a última, saíste por ela a correr, agarraste-me a mão, mas eu não te consegui acompanhar. Fiquei…
Desde esse dia que o tapete da entrada está debaixo da janela. Ganhei força nos braços e nas pernas por ter que a saltar todos os dias.
Fiquei mais forte fisicamente e aprendi que tudo é apenas a função que tem, independentemente do nome que lhe damos. As coisas, as pessoas, as relações…
Hoje sei que se abriu uma porta.
Vou mudar o tapete e dormir, outra vez, de janela fechada.

E ferro de engomar, alguém tem? É que tenho que alisar umas rugas persistentes...