quarta-feira, outubro 18, 2006

Viagem


Lembro-me de acordar de madrugada, envolvida no frenezim dos últimos preparativos e esconder-me no banco de trás do carro com a minha almofada.
Já naquele tempo sabia que a adrenalina e a expectativa inicial, de uma longa viagem, facilmente se podem transformar em cansaço e angústia. Comigo resultava olhar pela janela e imaginar que era a paisagem que viajava em mim… ainda hoje o faço!
Numa dessas viagens intermináveis contei todos os traços da estrada que consegui, até ao que julgava ser o fim dos números. Se na altura julgava que existiam mais traços do que números, agora sei que posso contar sem parar, e nunca chegar a lado nenhum.
Sim, podemos viajar sem sair do mesmo sítio. Basta fechar os olhos e saber sonhar!

Ainda falta muito?